30.3.14

Cordilheiras - algumas fotos








Cordilheiras

No final de março, eu e o Ricardo passamos uns dias nas Cordilheiras, com o meu pai e o Didi.

Nos últimos anos fiquei longos períodos sem ir lá fora, talvez, por isso, me sinta tão... impactada (não acho a palavra!) cada vez que volto lá, pelas lembranças da minha infância e pelas saudades do meu irmão.

Ainda bem que são lembranças maravilhosas, que me deixam em paz e agradecida, por tudo o que vivi. E ainda bem que tenho o Donairão, a quem amo e admiro tanto, e que está presente em cada detalhe e em cada aprendizado.

Bom poder conviver com ele e com o Didi e sentir que o Ricardo compreende tão bem, como me sinto, e compartilha de tantos sentimentos e sonhos. Temos afinidades que fazem tudo valer a pena e tornam cada momento especial.




"No silêncio do mangueirão
A tradição se faz presente
Pedra e histórias de campo
Encantos pr'alma da gente
Nestas Cordilheiras das Lavras 
As casas nos olham de frente"

Ricardo Felix Haas

Cesar Oliveira & Rogerio Melo

Assistimos ao show, em Minas do Leão.
Adorei!
"A paixão pelo Rio Grande do Sul e a admiração pela música nativista foi o que se viu na segunda noite da Leão Fest 2014. A apresentação de César Oliveira e Rogério Melo incendiou os corações mais inflamados e encantou com boa música.
Parte do público compareceu com a indumentária de gaúcho e também pôde acompanhar as atrações dos Talentos da Terra. Franciele Job, o Trio do Bailão, o coral do grupo da melhor idade de Butiá e o cantor Tony representaram a arte da região." (Link)






Dá vontade de dançar!

Paisagem







Butiá, março/2014.

Recuerdos

Março, 2014 / Butiá

Churrasco, cantoria, lua cheia, trabalho com o gado, flores, novos detalhes, na casa...

Cheirinho de café, passeios a cavalo, vaso com tempero, comidinhas no fogão à lenha, carinho...

Paisagens e mudanças, faxinas e arrumações...
Doce de goiaba, bolinho frito, no café da manhã, fotos, encantamento e muitas flores, sempre!

 Chegou um gatinho, junto com o outono! Dias lindos, noites de jantares e música...

20.3.14

Feliz aniversário, Lídia!



Amor imenso, que se renova e multiplica...

Os ciclos de 7 anos

A cada sete anos, a nossa vida muda de acordo com o ciclo dos planetas.

Clique neste link e veja o que os astrólogos falam sobre o que caracteriza cada etapa. Cada transição marca um momento particular e, compreendendo cada um desses momentos, saberemos tirar melhor proveito e lidar melhor com as dificuldades.

Leia também: Osho.

Em 2014 farei 56 anos: expansão e liberdade.
A Lídia está fazendo 28 anos, hoje: autossuficiência.

19.3.14

Móveis rústicos



Inclusive com madeira reciclada, usada de várias formas...

Águas de março...




"Cadê o Vô Donairo?"


Amo muito tudo isso!

Meu pai veio passar uns dias, aqui, em Pelotas, acompanhando o Pedro - que vai ficar, pelo menos, este primeiro semestre de 2014. Ele passou no vestibular para o Curso de Agronomia, da UFPel e espero que ele goste de estudar e morar aqui, e fique até se formar.
Estamos adorando a novidade!

18.3.14

Coragem

Da crônica "Nossa Vida", do Fabrício Carpinejar.

​"A ciência de conviver depende da coragem, isso sim. Coragem de defender o amor.
É quando não importa mais quem colocou a bola em campo: todos podem jogar.
É quando não tem diferença nenhuma definir quem errou, mas quem se prontifica a consertar.
É quando o senso de justiça cede lugar ao apelo da união.
É quando o ímpeto de estar bem juntos supera a ansiedade de dominar e ter razão.
É quando a insegurança larga a intolerância e entende o improviso 
e a limitação de cada um.
É quando a coragem aparece. Porque saberemos que dependeremos para sempre daquela pessoa para assumir a própria individualidade.
Amar, portanto, não é mudar, é se aceitar.
Amamos para que o outro nos ajude a não apagar aquilo que somos. É certo que esqueceremos um dia, entraremos em desvalia, ​​desconheceremos nosso tamanho, mas o outro nos lembrará do que já foi feito e do que necessita ser feito.
Amamos para que a nossa vida nos seja devolvida de repente. O marido ou a esposa é a chave reserva de nossa memória. Nosso backup.
Melhor do que confiança no relacionamento é coragem.
Coragem para aceitar alguém de volta. Coragem para perdoar o erro e a fraqueza. Coragem para assumir o que o coração anseia, apesar da aparência e dos outros.
Coragem é reconhecer o medo e seguir adiante mesmo assim."


"Coragem é reconhecer o medo e seguir adiante mesmo assim."



(Do Facebook.)

Sobre "envelhecer"

(...e não se tornar caricatura de si mesmo.)


    
    "Conselho aos da minha geração.
    
    Estamos envelhecendo.  Não nos preocupemos!  De que adianta, é assim mesmo.  Isso é um processo natural.  É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia.  Essa lei diz que:  “a energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”.  Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.  Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós.  Com o tempo os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam.  Sendo assim, relaxe e aproveite.  Parafraseando Freud:  “A morte é o alvo de tudo que vive”.  Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha daqui a 10 anos ele estará todo carcomido.  O mesmo acontece a nós.  O conselho é:  Viva.  Faça apenas isso.  Preocupe-se com um dia de cada vez.  Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”.  Hilário, porém realista.
    
    Ficar velho e cheio de rugas é natural.  Não queira ser jovem novamente, você já foi.  Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige.  Já viveu essa fase, reconcilie com a sua situação e permita que o passado se torne passado.  Esse é o pré-requisito da felicidade.  “O passado é lenha calcinada.  O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto”  como já dizia Cícero.
    
    Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho pra não se tornar caricatura de si mesmo.  Fazendo isso ganhará qualidade de vida.  Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado.  Serão muitas plásticas, muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora.  A flor da idade ficou no pó da estrada.  Então, para que se preocupar?!  Guarde os bisturis e toca a vida.
    
    Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos?  Os bonitos.  Você nunca me verá por lá.  Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança.  Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos.  Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem.  Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las!  Suas memórias estão salvas nelas.  Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais.  O negócio é zombar do corpo disforme e dos membros enfraquecidos.
    
    Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos.  Advém consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres. Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena a ruína sua própria alma.  Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase.  Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu.  Se não viveu na fase devida o melhor a fazer é esquecer.
    
    A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar.  É viver uma fase que não é mais sua.  Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios.  Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido.  Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento.  Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura.  A vida é o que importa.  Concentre-se nisso.  A sabedoria consiste em aceitar nossos limites.
    
    Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades.  Isso é loucura, é exagero.  Faça o que pode ser feito com o que está disponível.  Quer um conselho?  Esqueça.  Para o seu bem, esqueça o que passou.  Têm tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está.  Coisas do passado não te pertencem mais.  Se você tem esposa e filhos experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute.  Aceitando ou não o processo vai continuar.  Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora.  Nada nos pertence.
    
    Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte.  Não posso dizer que pelo fato de conhecer grande parte do Brasil sou mais feliz que ele.  Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto.  O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.
    
    Esse é o segredo de uma boa vida."
    
José Inácio da Silva Pereira,  Professor Pachecão
Obrigada, Lúcia! (Vide comentários.)

Sobre "modo jovem", de viver

"Vencer a morte é um desejo humano, ainda que inconsciente. Uma utopia que nos move atrás de qualidade de vida, de cura para doenças, de antídotos para o sofrimento, de vitaminas para a beleza. São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo. Envelhecer é um processo. A boa notícia é que a juventude é um estado de espírito que podemos cultivar.

"Juventude não é liberdade no sentido político. É uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. Trata-se da liberdade de escolher como se relacionar; de experimentar coisas novas; de cometer erros. A juventude entende que toda liberdade tem limites e que ser adaptável é a única maneira de ser livre". 

Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro, nem que cometa desatinos dos quais vá se arrepender depois. O recado é "adapte-se". Pare de fumar ou beber tanto. Pratique algum esporte, ainda que seja empinar pipas. Dê-se ao luxo de sentar no chão, por cinco minutos que seja, ao lado daquela criança para brincar de boneca. E tire partido dos sorrisos. Você, que a essa altura já deve ter assistido ao filme de animação Monstros S.A., sabe que as gargalhadas das crianças liberam muito mais energia do que os gritos e os choros. Para terminar, antes de reclamar de novo de alguma coisa, respire fundo. Respirar fundo também é um ótimo antídoto para a velhice como predisposição da alma.

A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida, e não perder tempo pensando no fim. De preferência, não ser tedioso e, finalmente, ser aquilo que você gostaria de ser. Tem fase melhor da vida para alcançar este objetivo do que a meia idade? Talvez hoje, mais do que nunca, vocês tenham a paz e o discernimento necessários para experimentar algo novo ou tomar decisões que mudem para melhor o rumo de suas vidas. É uma hipótese. Dêem-se o benefício da dúvida. Nossa cultura está repleta de interesses cruzados entre as gerações. Talvez, com o fim da cerimônia e a relativização de certas tradições, estejamos inaugurando uma era propensa à maior comunicação entre pessoas de idades tão diferentes.

Não inventaram nenhuma fórmula melhor para viver do que usufruir um dia depois do outro. E quando você faz tudo isso no "modo jovem", você não se torna imortal, mas você fica infinito."

Trechos de um artigo da Isabel Clemente, para a Revista Época.



"Juventude é uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. 
É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. 
Trata-se da liberdade de escolher como se relacionar; 
de experimentar coisas novas; de cometer erros. 
A juventude entende que toda liberdade tem limites 
e que ser adaptável é a única maneira de ser livre". 

Faxina nos Mitos

Lia Luft

"Boa parte de nossa infelicidade nasce do fato de vivermos rodeados por mitos.
Deixamos que aflorem e construímos em cima deles a nossa desgraça"



"Boa parte de nossa infelicidade ou aflição nasce do fato de vivermos rodeados (por vezes esmagados ou algemados) por mitos. Nem falo dos belos, grandiosos ou enigmáticos mitos da Antiguidade grega. Falo, sim, dos mitinhos bobos que inventou nosso inconsciente medroso, sempre beirando precipícios com olhos míopes e passo temeroso. Inventam-se os mitos, ou deixamos que aflorem, e construímos em cima deles a nossa desgraça.

Por exemplo, o mito da mãe-mártir. Primeiro engano: nem toda mulher nasce para ser mãe, e nem toda mãe é mártir. Muitas são algozes, aliás. Cuidado com a mãe sacrificial, a grande vítima, aquela que desnecessariamente deixa de comer ou come restos dos pratos dos filhos, ou, ainda, que acorda às 2 da manhã para fritar (cheia de rancor) um bife para o filho marmanjo que chega em casa vindo da farra. Cuidado com a mãe atarefada que nunca pára, sempre arrumando, dobrando roupas, escarafunchando armários e bolsos alheios sob o pretexto de limpar, a mãe que controla e persegue como se fosse cuidar, não importa a idade das crias. Essa mãe certamente há de cobrar com gestos, palavras, suspiros ou silêncios cada migalhinha de gentileza. Eu, que me sacrifiquei por você, agora sou abandonada, relegada, esquecida? E por aí vai...

Ou o mito do bom velhinho: nem todo velho é bom só por ser velho. Ao contrário, se não acumularmos bom humor, autocrítica, certa generosidade e cultivo de afetos vários, seremos velhos rabugentos que afastam família e amigos. Nem sempre o velho ou velha estão isolados porque os filhos não prestam ou a vida foi injusta. Muitas vezes se tornam tão ressequidos de alma, tão ralos de emoções, tão pobres de generosidade e alegria que espalham ao seu redor uma atmosfera gélida, a espantar os outros.

E o mito do homem fortão, obrigado a ser poderoso, competente, eterno provedor, quando esconde como todos nós um coração carente, uma solidão fria, a necessidade de companhia, de colo e de abraço – quando é, enfim, apenas um pobre mortal.

Falemos ainda no mito da esposa perfeita, aquela da qual alguns homens, enquanto pulam valentemente a cerca, dizem: "Minha mulher é uma santa". Sinto muito, mas nem todas são. Eu até diria que, mais vezes do que sonhamos, somos umas chatas. Sempre reclamando, cobrando, controlando, não querendo intimidades, ocupadas em limpar, cozinhar, comandar, irritar, na crença vã de que boa mulher é a que mantém a casa limpa e a roupa passada. Seria bem mais humano ter braços abertos, coração cálido, compreensão, interesse e ternura.

O mito de que a juventude é a glória demora a ruir, mas deveria. Pois jovem se deprime, se mata, adoece, sofre de perdas, angustia-se com o mercado de trabalho, as exigências familiares, a pressão social, as incertezas da própria idade. A juventude – esquecemos isso tantas vezes – é transformação por vezes difícil, com horizontes nublados e paulatina queda de ilusões. É fragilidade diante de modelos impossíveis que nos são apresentados clara ou subliminarmente o tempo todo.

Enfim, a lista seria longa, mas, se a gente começar a desmitificar algumas dessas imagens internalizadas, começaremos a ser mais sensatamente felizes. Ou, dizendo melhor: capazes de alegria com aquilo que temos e com o que podemos fazer numa vida produtiva, porque real."


11.3.14




"O.paraíso é onde seu coração está."

Ana Maria

Entardecer, lá fora...






Paraiso se mudou para lá


Final de semana movimentado, com os tres filhotinhos agitando, na volta da casa! Muito fofos e bonitinhos!
Fotografei o Ricardo "no ofício de alambrador" (Alambrador de Sonhos) e achei bonito ele saber de poesia e de aramados! Heheheh!
Março trouxe uma luz diferente, deixando tudo mais bonito. Tirei muitas fotos, que depois vou publicar aqui.
Ah! Fotografei, tambem, o penne, com um molho delicioso, que o Ricardo fez com alecrim e manjericao fresquinhos, que ganhamos do Rodrigo e da Cláudia.
Enfim.... Sabores, sons, imagens, aprendizado... Coisas que fazem com que cada dia, lá fora, seja especial...

7.3.14

Em Butiá

Para descansar do CarnaLavras, fomos para fora...
Tem coisa melhor que fazer fogo, no chao e ver a noite chegar, bem devagar? E sentir o cheirinho da carne, assando, comer ao ar livre, ouvindo os barulhinhos da noite? A-do-ro!
Acho que nasci para viver no campo! Tudo me encanta!

Adoçando a vida...




Na nossa última noite de carnaval: mousse de maracujá...

CarnaLavras 2014



Para começar, churrasco na casa do Cássio. Começou ao meio dia, so terminou de noite!


No domingo, Churrasco do VG! Carnaval Gaudério é assim!


O Ricardo foi batizado num ritual bonito, que eu adorei.
Depois virou bagunça - culpa do Pedro, claro! Muito barro!


Depois de taaanto churrasco, a Cema sugeriu (e preparou) um almoço "mais leve": na segunda-feira, feijoada!!
Quem resiste??
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