29.12.12

Que seja bom...






"Acolher o novo implica perceber nossos apetites e vontades 
e investigar os desejos mais amados.

É necessário despir-nos para o novo com alegria e coragem, 
sem ressentimentos, apegos ou compromissos passados."


*Do livro "A vida como ela é", de Christiane Ganzo e Denise Aerts.

Lamento informar:


"Você pode encarnar um tipo educado, culto, estável, sensível, nada disso contará a seu favor.
O que arrebata a mulher é o quanto pode enlouquecer por ela." 
Carpinejar 

"Plano bom é plano não-realizado"


"Nas espumas flutuantes de mares e cervejas crepusculares, reflito:

Plano bom é plano não-realizado.

Cronicamente inviável e repetitivo vos digo, como a cada fim de ano: nossos planos são muito bons, como na canção dos Doces Bárbaros, nossos planos são recicláveis, como os de mil novecentos e antigamente…

Nossos planos são os mesmos que se arrastam desde século seculorum, nossos planos são tão conhecidos, tão íntimos, eles nos acompanham há tanto tempo que viraram nossos amantes, nossos melhores amigos.

Nossos planos renascem a cada fim de ano como os nossos melhores cúmplices.

Nossos planos sabem que se os realizássemos à risca a vida perderia a graça, seríamos perfeitos demais, estávamos todos magérrimos, malhados, gozando a saúde dos deuses ou dos imortais da ABL, seríamos todos um bando de Davids Beckhans e Giseles.

Nossos planos são muito bons, mas sinto muito por eles, coitados, mais uma vez não serão cumpridos na íntegra no ano da graça de 2013.

Cumpriremos, no máximo, os 10% da humaníssima cota do possível, os 10% do garçom, justa medida.

Nossos planos são muito bons e nunca foram atrapalhados por crise alguma. O que nossos planos enfrentam para valer é uma invencível guerra interna nos fracos juízos repletos de defeitos de fábrica.

Nossos planos são muito bons, mas, como sempre, ainda temos o benefício da dúvida, ainda temos a complacência e, se, por acaso, faltar alguma conversa fiada no estoque, botamos a culpa nos outros –nosso inferno mais próximo.

Nossos planos mal devoraram a ceia do Natal, nossos planos famintos, nossos planos eivados pela fome histórica de todos os semi-áridos e Jequitinhonhas, e lá estão nossos planos a dormir a mais preguiçosa das siestas espanholas.

Nossos planos estão dengosos, como nunca, para o ano novo, nossos planos querem colo, nossos planos odeiam uma academia de ginástica, um cooper às cinco da matina, uma dieta saudável…

Nossos planos não têm medo do colesterol e muito menos da gordura trans, nossos planos adoram uma costelinha de porco, como aquela que Maria fez ainda no Paraíso, costelinha com cerveja preta.

Ah, nossos planos lamberam os beiços, mesmo não sabendo o que seríamos de nós dali a duas voltas do sol no eixo da existência.

Nossos planos não se desgastam à toa, não vivem de estresse, não andam de automóvel na cidade de SP, nossos planos são eternos pedestres e adoram uma rede depois do almoço.

Nossos planos são do interior do mato e ruminam um capinzinho entre os dentes manchados pelo cigarro brabo do tempo.

Nossos planos se espreguiçam, estralando todas as juntas e costelas, quando ouvem falar outra vez de novos planos."

Xico Sá

yeoh gh

Então, sem stress com aquela lista de coisas não realizadas em 2012...

27.12.12

Nosso Natal

Em Lavras do Sul.


Maravilhoso, porque o Kike estava conosco.


E estavam, também, meu pai, Donairo, a Kika, a Tânia, o Didi, a Raquel, o Pedro, a Amanda, Antônio e o Valerinho.
(Infelizmente Amanda e Valerinho não aparecem nas fotos. Que amadorismo!)


Casa bonita da Tânia, Didi e Pedro, tão lindos!
Tanto a agradecer: comida deliciosa, muitos presentes e jantar com Lavras de cenário...


Muito bom estar com eles.
Saudade do Dude, que passou o Natal na casa da Isara.


"Feliz Natal", o Henrique repetia!
E distribuiu os presentes, desembrulhou os pacotes, coisinha mais feliz! E nos alegrou, também!


Kike, meu melhor presente.


No Natal a "presença" de quem não está mais aqui é muito forte, o que mostra que o amor nunca termina.
E, para que a saudade não se transforme em tristeza, o melhor é que nos concentremos em todas as coisas boas que fazem parte da nossa vida.
Só, então, tudo faz sentido.

24.12.12



Que nossos melhores sonhos e desejos se realizem.
Que nossas esperanças se renovem a cada Natal!
Um grande beijo a todos os meus amigos queridos e uma prece de gratidão e reconhecimento, por todas as coisas boas que vivemos e aprendemos juntos!
Que este seja um lindo Natal, do jeito que escolhemos que seria!

23.12.12

Tá chegando o Natal!

Na foto bem em cima, à esquerda, Kike está abrindo o presente que ganhou da Ana Maria
Ah! A almofada bordada, que também aparece, foi outro presente dela! 
Minha amiga querida! 





 

 "Não existíamos antes, nos inventamos um para o outro.
 Desde então, somos inéditos."

Carpinejar

Só isso:



(Não tenho o crédito da imagem.)

Esperando o fim do mundo


Pois é. 
No dia 21 de dezembro eu estava em Porto Alegre.
Passou um filme na minha cabeça. Tantas lembranças, tantas coisas inesperadas...
Se tem uma coisa que não posso reclamar é de que a vida não me surpreende.
Ela pode ser arrasadora. E arrebatadora. Na mesma medida e num curto espaço de tempo - especialmente nos últimos meses.
Em outubro, um grande susto - porque a vida é frágil e trata de nos lembrar disso. Senti muito medo. E alívio e tristeza. Raiva e gratidão. Pena de mim e raiva de mim. Tudo ao mesmo tempo, tudo misturado.
De lá para cá, parece que as coisas vieram acontecendo sem nenhum aviso. 
Mais uma vez curar as feridas, mais uma vez recomeçar.
Ainda bem que tenho amigos queridos, que tornam qualquer tristeza mais fácil de ser suportada. E qualquer alegria, multiplicada.
Muitas viagens. Internas, inclusive. Terapia. Tentativas. Técnicas de sobrevivência.
Ocupar o tempo, olhar no espelho, refazer os caminhos, deletar algumas coisas, deixar outras para trás.
Aprender com os erros é necessário. Mas difícil e dolorido, pelo menos para mim, que me deixo levar pelos sonhos.
Enfim chegou 21 de dezembro. E o mundo, não só não acabou, como se mostrou diferente. Bonito. 
Mandei mensagem, para quem estava de aniversário e desejei, mais uma vez, a felicidade de quem foi importante, para mim. 
O mundo, definitivamente não acabou, constato aliviada. As previsões dos Maias, como muito do que acreditei, nos últimos dois anos, foram meros equívocos. 
Vida que segue.
E, ainda bem, segue surpreendendo. 
A chuva lavou minha alma - sobrevivi. 



Paisagem que se renova.
Ou é meu olhar?

21.12.12

O último dia




"Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria..."

20.12.12

Natal Luz

Convite feito pela outra avó do Kike -  a Laura, e imediatamente aceito: conhecer o Natal Luz de Gramado!

Saímos de noite, de Pelotas. Muito chão pela frente e muita animação, dentro do ônibus!
Henrique feliz, com a companhia do priminho Matheus.


Bem cedinho já estávamos em Nova Petrópolis! Uma graça de cidade!


Jardins bem cuidados, uma bonita decoração de Natal...


Parada obrigatória: uma loja de chocolates!


Kike curtindo cada brinquedo, sem saber o que fazer primeiro!


Feliz!


Fabiana, Lídia e Clarissa.


Neve!!


Ops!


Pausa para o próximo passeio! E uma cerveja bemmmm gelada! Tim tim!


Em cada lugar o cuidado com a decoração faz toda a diferença!


As crianças ficam deslumbradas! A fantasia é real!

Amei esta foto! Matheus, no clima!


Cansaço chegando...


As ruas decoradas, cuidadas...


Cada detalhe mais bonito do que o outro.


Pura alegria! Um dia inteiro de música, cores, surpresas!


Um trem de presentes!


Pausa para um lanche, na Rua Coberta.


Lídia e Clarissa, no final da tarde. Henrique dormiu...


Final da festa e Matheus conversa com Papai Noel.


Kike não tá a fim de papo. Mas depois queria saber tudo...

Formatura do Renan

Medicina/2012

Uma grande alegria estar presente neste momento!
Foi tudo muito lindo e emocionante.
Algumas fotos:


Os pais, Benhur e Mika, e a irmã, Nicole, abraçando o formando.
Família Machado de Lemos presente... Muito a ser comemorado!


Revi meus amigos da vida inteira. Coração feliz!

16.12.12

Kika&Kike


Foto tirada na festa de encerramento, da escolinha do Kike.

Festinha de Natal

O ano passou correndo e me vi, de repente, em clima de Natal!
Muito linda a festinha de encerramento da escolinha do Henrique.


Fomos lá, assistir a apresentação, tão esperada.


Ele começou bem... Dançou, cantou, até que, num determinado momento, viu o Papai Noel!
Parou tudo, abandonou os coleguinhas, e ficou ali, olhando bem cada detalhe...
Examinou tudo com atenção e, de repente, enfiou o braço inteiro no sax do Papai Noel! Hohohoho!


Na hora em que ele foi jogar, gostei de ver como sabe fazer amigos, se divertir e dividir os brinquedos. Coisa mais querida!


Mas gostou, mesmo, quando pode matar as saudades do priminho, Matheus, e dar uma volta de carro!

"Ser amado; e amar; e amar-se"

"Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se.
Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez.
Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim.
Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a apena.
Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."

Lya Luft

Tá Combinado



Então tá combinado, é quase nada
É tudo somente sexo e amizade
Não tem nenhum engano nem mistério
É tudo só brincadeira e verdade

Podemos ver o mundo juntos
Sermos dois e sermos muitos
Nos sabermos sós sem estarmos sós
Abrirmos a cabeça
Para que afinal floresça
O mais que humano em nós

Então tá tudo dito e é tão bonito
E eu acredito num claro futuro
De música, ternura e aventura
Pro equilibrista em cima do muro

Mas e se o amor pra nós chegar
De nós, de algum lugar
Com todo o seu tenebroso esplendor?
Mas e se o amor já está
Se há muito tempo que chegou
E só nos enganou?

Então não fale nada, apague a estrada
Que seu caminhar já desenhou
Porque toda razão, toda palavra
Vale nada quando chega o amor 



"Que seja presença e companhia, o relacionamento bom, 
pois a solidão é um campo demasiado vasto para ser atravessado a sós."

Lya Luft

Lembrei da minha "Turma de Lavras"

Quando estamos juntos, só queremos conversar, rir, conviver.
Nada mais faz falta.



Bem interessante, este texto:


"A convivência é um desafio tão grande para o ser humano que ele inventou várias tecnologias que lhe permitem curtir os maiores prazeres em conjunto de maneira absolutamente só. Existe coisa mais triste do que uma mesa em que cada um fica vidrado em seu celular? Ou uma piscina em que estão todos entretidos com seu próprio mp3?

Fascinados com esses prazeres solitários, nós nos desabituamos ao bom e velho dedo de prosa; nos tornamos incapazes de dividir o que pensamos, o que sentimos, e, sobretudo, de ouvir o que o outro tem a dizer. Estamos sempre de olho no relógio, com a cabeça no futuro e o coração no que poderíamos estar fazendo de diferente. Perdemos a capacidade de entregar uma fração do nosso tempo e por isso, talvez, ele nos falte tanto. O tempo parecia maior antigamente porque as pessoas o compartilhavam e, dividindo, multiplicavam-no.

Isso me veio à cabeça numa discussão que surgiu numa roda de prosa interessante, com pessoas interessantes, num feriadão de chuva igualmente interessante. Há muito tempo não caía numa turma que não se preocupava em julgar a vida alheia, mas em trazer à tona ideias, apenas elas. Houve trocas de livros, aulas despretensiosas, intercâmbio de experiências e muitas risadas, tudo graças ao desesperador e falho sistema de telefonia brasileira, que pode lá ter seu charme. Chove lá fora, mas aqui dentro o sol brilha."



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