7.8.15

Sobre a maternidade



"Filhos não são bonecas com quem brincamos quando queremos. Filhos são seres humanos extremamente dependentes e exigentes que vão desejar o melhor dos nossos sentimentos, o melhor do nosso tempo e energia.

Criar bem um filho não se resume a pagar a mensalidade de uma boa escola e encher a criança de presentes caros. Criar bem um filho não se resume a decorar um quarto lindo para ele e levá-lo para a Disney nas férias de julho.

Filhos precisam da companhia das mães. Filhos querem ouvir histórias antes de dormir. Filhos querem ser abraçados e beijados. Filhos querem contar o que aconteceu na escola e pedem ajuda para fazer os deveres. Filhos não querem ser filhos apenas nas férias, feriados prolongados e meia hora por dia, entre a chegada do trabalho e os cuidados com a beleza.

Não digo que uma mulher não possa conciliar uma carreira com maternidade. Claro que pode. Pode e deve. Mas mulheres muito voltadas para as sua carreiras, viciadas em trabalho, que vivem viajando a negócios e fazendo horas extra deveriam pensar calmamente se nasceram mesmo para serem mães.

Quem deseja uma vida livre de horários, quem deseja fazer amor no meio da sala e tirar férias em qualquer época do ano, quem não se comove com o universo infantil e não se vê assistindo a teatrinho de escola, deveria ser sincero consigo mesmo e dizer “Não nasci para ser mãe”. A mulher não pode sentir que está desperdiçando a sua vida ao cuidar do filho. Se ela assim o sente, além de sofrer muito, fará a criança sofrer também. Crianças criadas com pouco afeto e paciência tendem a não conhecer limites e têm mais dificuldade para estabelecer vínculos afetivos fortes.

É muito triste ver tantas crianças vivendo de migalhas afetivas, aproveitando as sobras de tempo que a mãe oferece. Se o tempo é escasso mas carinhoso, ainda vai. E quando a mãe chega sempre tensa e nervosa , louca para se esfoliar e se hidratar e a criança aparece cheia de demandas? Ser mãe não é carreira nem emprego. É vocação e missão."

2 comentários:

Liziane Alves Dotto e casada, Castro disse...

Concordo Ana, a maternidade é doação... muita, mas o mundo mudou a gente mudou de casa, de cidade, de estado, algumas de pais... e vou te dizer é FODA, desculpa o palavrão... não ter tempo para entrar no banheiro sozinha, tomar um chá, respirar, dormir... eu sempre quis ter filhos, não passaria por este mundo sem meus monstros... mas é complicado... não fosse a escola eu estaria louca... não são só os filhos... o trabalho, a casa, a estética, o marido, os amigos... é muita pressão. Respeito a opinião de quem não quer ter, pois afinal, é doação... não dá para exigir. É necessário que venha de dentro... eu me sinto péssima, pois estou sempre cansada... procurando um espaço dentro do dia para resgatar só para mim...

Ana disse...

Sei bem o que tu estás sentindo...
Tenta relaxar, não levar tudo tão à sério.
Filhos e marido querem mãe e mulher bem humorada e não casa limpíssima, organizadíssima, tudo sob controle. Tenta brincar mais, rir mais, te divertir mais.
Simplifica! Pede ajuda.
Cuida de ti, sim. Com carinho.
Vai dar tempo.
Depois me conta!
Beijo enorme!

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