13.4.15


"Sempre há palavras para o que não existe"
         
(...) "A poesia é a subversão da rotina por delicadezas inomináveis que desafiam e exigem linguagem. Tomar por cavalos de fogo um jogo de sombras como fez Hilda Hilst numa noite, em sua Casa do Sol, e depois escrever um poema sobre cavalos mesmo sabendo que não havia cavalos. Mas sempre há palavras para o que não existe e isso é o que interessa ao poeta: antecipar-se à existência. De um modo que não haja divisão entre realidade e imaginação , como quem põe cavalos no lugar de sombras e nuvens no topo de um pensamento que choveu assim que dobrei a esquina."

(Fragmentos de um texto de Célia Musilli.)

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